ORGULHOSA GRAMA
Toada ao som d`água
Que escorrega na corredeira.
Fruta doce que cai contrariada,
Não adoçou a boca da beijoqueira.
Grama orgulhosamente amassada,
Abelhas testemunham o calor
Com o qual almas entrelaçadas
Constroem um lindo ninho de amor.
Folhas como gotas de chuva
Se misturam às borboletas.
Propositadamente o sabiá derruba
Sobre os amantes pétalas de violeta.
Passam as horas nem se percebe,
O clima romântico insiste em permanecer.
Pacientes assim como a água que desce,
Abraçados esperam o dia amanhecer.
Eduardo de Paula Barreto
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